Balanço Bilanx Jacarandá da Bahia por Rodrigo Calixto

Criação do artista Rodrigo Calixto, o Balanço Bilanx tem seu nome de origem do Latim, pois, nesse idioma, lanx era o nome que se dava ao prato de comida. Como os equipamentos para estimar o peso de objetos eram dotados de dois pratos, um para o objeto a ser avaliado e outro para os pesos de valor conhecido, foi dado a ele o nome de bilanx, “dois pratos”, dando origem a nossa balança.
O ato de pesar implicava num movimento de oscilação, de vaivém, desta forma, a palavra “balançar” foi utilizada para descrever esta ação. Logo, com o passar dos anos este brinquedo tão conhecido passou a ser chamado de balanço.
Tempus Fugit [latim]: o tempo foge, voa.

Em Dezembro de 2012 o artista teve acesso a um pequeno lote de madeiras de demolição que havia sido retirado durante o processo de restauro das novas instalações da Casa Daros no Rio de Janeiro. A madeira havia sido colocada à venda por um pequeno grupo de marceneiros que participaram da restauração dos pisos, janelas e estruturas.

Facilmente identificáveis como possíveis tesouras, terças e esteios - componentes tradicionais na construção dos telhados - algumas peças logo chamaram a atenção do artista pelas dimensões e formatos. Muitas, inclusive, estavam cortadas ao meio ou em pedaços menores. Provavelmente um recurso para facilitar a retirada e o transporte das mesmas. Outras, preservavam suas dimensões originais de quando foram utilizadas.

O prédio da Casa Daros foi projetado pelo arquiteto Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, uma arquitetura neoclássica em um terreno de 12 mil metros quadrados. Uma longa trajetória, de quase um século e meio, marca o prédio da Casa Daros. Este símbolo histórico acompanhou o crescimento da cidade, já abrigou meninas órfãs e virou escola.

A peça Balanço Bilanx consta no seu verso o número de série e o ano da safra da madeira, sendo esta peça 01/07 e sua safra de 1866.